quarta-feira, 21 de março de 2012

Amásia de rapaz morto por policial apresenta versão diferente

Em declaração prestada como testemunha da morte de Gilmar Martins de Souza, 31, que foi morta com um tiro de pistola pelo policial militar Maycon Willians de Andrade Siqueira, 20, na madrugada da última quinta-feira, 15, após uma discussão de trânsito, no Jardim Curitiba, em Goioerê, Mayara Fernanda dos Santos Campos, amásia de Gilmar, apresentou uma versão diferente da contada pelo policial, logo após o incidente. Ela contou que convivia com Gilmar havia sete meses e que ambos trabalhavam como vendedores. A principal diferença entre os dois depoimentos é com relação ao lado em que Gilmar abordou o veículo em que o policial estava. Maycon havia contado que Gilmar o agrediu pelo lado do motorista, quando ele teria efetuado um disparo, com a intenção de alertá-lo. Já Mayara contou que Gilmar abordou o veículo Astra do policial pelo lado do carona, sendo atingido por um disparo de arma de fogo antes que falasse qualquer coisa.
Mayara contou que na noite dos fatos ela e Gilmar foram até o Bar do Paraná, onde permaneceram até por volta da zero hora de quinta-feira, e que saíram do local com Gilmar conduzindo a sua camioneta, cor prata, com placas de Foz do Iguaçu. No cruzamento da Avenida Curitiba, Gilmar teria parado para que o veículo Astra conduzido por Maycon passasse, sendo que teria passado bem próximo da camioneta, buzinando.
Após este incidente, Gilmar teria saído em perseguição ao veículo Astra, por várias quadras, sendo que em determinado momento o Astra fez o retorno e passou do lado da camioneta, parando em seguida. Gilmar também parou a camioneta e caminhou em direção ao Astra, com Mayara também descendo do veículo e o seguindo, tentando contê-lo. Conforme Mayara, Gilmar se posicionou na janela do Astra, do lado do passageiro, que estava com o vidro semiaberto e que antes dele falar qualquer coisa, já recebeu um tiro. Ela contou que estava ao lado de Gilmar e que ele ergueu a camisa gritando “Você me acertou”, tendo saído cambaleando.
             Neste momento, segundo Mayara, Maycon desceu de seu veículo e disse “Calma, calma, é da polícia, nós vamos ajudá-lo, vamos levá-lo para o hospital, eu achei que era um ladrão e somente atirei para cima, para assustá-lo, eu não queria acertá-lo”. Ela disse que em seguida ajudou Maycon a socorrer Gilmar e em seguida foi para o Batalhão da PM e para a casa de amigos. Somente mais tarde é que soube da morte de Gilmar, em Campo Mourão. Ela reafirmou que antes de efetuar o disparo, Maycon não se identificou como policial.
Para confirmar em que lado do veículo foi efetuado o disparo de arma de fogo, o que supostamente indicaria de que lado Gilmar abordou o policial na briga de trânsito, o delegado Fábio Machado dos Santos determinou que seja realizada uma perícia técnica no veículo. Chegou a ser realizada uma acareação entre Maycon e Mayara na tarde de terá-feira, 20, na Delegacia de Goioerê, mas ela foi inconclusiva.
Fonte: Goionews.


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