quarta-feira, 4 de julho de 2012

Poliomielite. Campanha de vacinação termina nesta sexta-feira

A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite se encerra nesta sexta-feira (06/07). Balanço parcial da manhã de ontem terça-feira (03/07) aponta que quase 12,3 milhões de crianças em todo o país já foram vacinadas contra a paralisia infantil. O número representa 86,9% do total de crianças de zero a cinco anos. A meta é vacinar 95% do total de 14,1 milhões de crianças nesta faixa etária, o que corresponde a 13,5 milhões. Todas os menores de até 4 anos, 11 meses e 29 dias devem tomar as duas gotinhas, mesmo que já tenham sido vacinadas. O Ministério da Saúde repassou 21,2 milhões de doses da vacina para as secretarias estaduais e municipais de saúde. Foram destinados R$ 16,7 milhões para a aquisição das vacinas. Além disso, o Ministério da Saúde investiu R$ 37,2 milhões em repasses do Fundo Nacional de Saúde para os fundos dos estados e dos municípios. Neste ano, a campanha acontece em etapa única, sendo no primeiro semestre com a vacina oral, as chamadas gotinhas. Em agosto, será realizada, em todo o país, a campanha para atualização dos esquemas vacinais do calendário básico de vacinação da criança. Assim, a partir de agosto deste ano, as crianças que estão começando o esquema vacinal, ou seja, nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil, irão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina poliomielite inativada, de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses), a dose de reforço (aos 15 meses) e as demais doses de campanha continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas. A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Carla Domingues, explica que, embora a campanha siga em ritmo considerado satisfatório, a meta de 95% de imunizados ainda não foi atingida. “Estamos na reta final. Neste momento, é fundamental que os pais e responsáveis se conscientizem da importância de proteger as crianças para que possamos manter o Brasil livre da poliomielite”, afirmou, frisando que a vacina é segura. POLIOMIELITE – A paralisia infantil é uma doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge principalmente crianças de até cinco anos. É caracterizada por quadro de paralisia flácida de início súbito, principalmente nos membros inferiores. Sua transmissão ocorre pelo Poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local favorecem a transmissão. O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é geralmente de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação. ELIMINAÇÃO – O último caso da doença no país foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. Embora não haja circulação do vírus no Brasil, neste ano, 16 países registraram casos de paralisia infantil e, em três deles, a doença é endêmica: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Por isso, para evitar a reintrodução do vírus no Brasil, é fundamental a manutenção da vacinação. A aplicação das gotinhas tem como objetivo manter o Brasil na condição de país certificado internacionalmente para a erradicação da poliomielite, estabelecendo proteção coletiva com a vacinação de todas as crianças menores de cinco anos no mesmo período. Esta estratégia também permite a disseminação do vírus vacinal no meio ambiente, ajudando a criar a imunidade de grupo. É importante ressaltar que não existe tratamento para a pólio, apenas a prevenção por meio da vacina.
Fonte: CRN Online

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