A Campanha
Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite se encerra nesta sexta-feira (06/07).
Balanço parcial da manhã de ontem terça-feira (03/07) aponta que quase 12,3
milhões de crianças em todo o país já foram vacinadas contra a paralisia
infantil. O número representa 86,9% do total de crianças de zero a cinco anos.
A meta é vacinar 95% do total de 14,1 milhões de crianças nesta faixa etária, o
que corresponde a 13,5 milhões. Todas os menores de até 4 anos, 11 meses e 29
dias devem tomar as duas gotinhas, mesmo que já tenham sido vacinadas. O
Ministério da Saúde repassou 21,2 milhões de doses da vacina para as
secretarias estaduais e municipais de saúde. Foram destinados R$ 16,7 milhões
para a aquisição das vacinas. Além disso, o Ministério da Saúde investiu R$
37,2 milhões em repasses do Fundo Nacional de Saúde para os fundos dos estados
e dos municípios. Neste ano, a campanha acontece em etapa única, sendo no
primeiro semestre com a vacina oral, as chamadas gotinhas. Em agosto, será
realizada, em todo o país, a campanha para atualização dos esquemas vacinais do
calendário básico de vacinação da criança. Assim, a partir de agosto deste ano,
as crianças que estão começando o esquema vacinal, ou seja, nunca foram
imunizadas contra a paralisia infantil, irão tomar a primeira dose aos dois
meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina poliomielite inativada, de
forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses), a dose de reforço (aos 15
meses) e as demais doses de campanha continuam com a vacina oral, ou seja, as
duas gotinhas. A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Carla
Domingues, explica que, embora a campanha siga em ritmo considerado
satisfatório, a meta de 95% de imunizados ainda não foi atingida. “Estamos na
reta final. Neste momento, é fundamental que os pais e responsáveis se
conscientizem da importância de proteger as crianças para que possamos manter o
Brasil livre da poliomielite”, afirmou, frisando que a vacina é segura. POLIOMIELITE – A paralisia infantil é
uma doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge principalmente crianças de
até cinco anos. É caracterizada por quadro de paralisia flácida de início
súbito, principalmente nos membros inferiores. Sua transmissão ocorre pelo
Poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas
expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de
higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em
um mesmo local favorecem a transmissão. O período de incubação (tempo que
demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é geralmente de 7 a 12
dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante
o período de incubação. ELIMINAÇÃO –
O último caso da doença no país foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994, o
país recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação
da doença. Embora não haja circulação do vírus no Brasil, neste ano, 16 países
registraram casos de paralisia infantil e, em três deles, a doença é endêmica:
Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Por isso, para evitar a reintrodução do vírus
no Brasil, é fundamental a manutenção da vacinação. A aplicação das gotinhas
tem como objetivo manter o Brasil na condição de país certificado
internacionalmente para a erradicação da poliomielite, estabelecendo proteção
coletiva com a vacinação de todas as crianças menores de cinco anos no mesmo
período. Esta estratégia também permite a disseminação do vírus vacinal no meio
ambiente, ajudando a criar a imunidade de grupo. É importante ressaltar que não
existe tratamento para a pólio, apenas a prevenção por meio da vacina.
Fonte: CRN Online
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